terça-feira, 3 de novembro de 2009

Surdez

Conceito:
Deficiência auditiva ou surdez é a incapacidade parcial ou total de audição,pode ser de nascença ou adquirida por fatores de doenças.
Como qualquer outro conceito, sofre mudanças e se modifica no transcurso da história.
Estamos atravessando um momento de redefinição deste conceito(Behares,2000,p.1).

LIBRAS:
- Charles Michel LÉpée nascido em 25 de novembro de 1712, em Versailles, falecido em 2de dezembro de 1789 em Paris. Considerado “Pai dos Surdos”.
- Influenciado por teorias vigentes na época o abade convenceu-se que os surdos são capazes de possuir linguagem.
- Certa vez conheceu duas irmãs surdas, que se comunicavam utilizando uma linguagem de sinais. Decidiu assim, dedicar-se ao cuidado dos surdos.
- Em meados da década de 1760, fundou um abrigo que ele próprio sustentava financeiramente. Tornando-se a primeira escola de surdos mundialmente aberta ao público,o Instituto Nacional de surdos-mudos, em Paris.

MÉTODOS EDUCACIONAIS:
- Fazia uso dos gestos ou da linguagem de sinais, baseando-se no princípio de que “ao surdo-mudo deve ser ensinado através da visão aquilo que às outras pessoas é ensinado através da audição.”
- Um aspecto curioso de sua prática como professor é que , embora tenha aconselhado professores (ouvintes) a aprender a língua dos sinais para instrução dos estudantes surdos, ele próprio não usava a língua gestual nas suas aulas.
- Ao contrário, ele desenvolveu um método usando algum léxico da língua gestual, combinado com gestos inventados que representavam as terminações verbais, artigos e verbos auxiliares da língua francesa.

LEIS:
- Libras- Lei Federal- Língua de Sinais- Regulamentação da- maio/2005
R- egulamentada a Lei n.° 10.436,de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de sinais
- Lei n.° 8.160- De 08 de janeiro de 1991
- Dispõe sobre caracterização de símbolo que permita a identificação de pessoas com deficiência auditiva.
- Regulamentação da Lei da Acessibilidade n.°10.048 de 08 de novembro de 2000
- Projeto de lei n°/2004. Reconhecimento da Profissão de Intérprete Libras(da sra Maria do Rosário)

Faça uma reflexão sobre a história de Amanda-amanda. Colocando-se no lugar dela.
Crie um texto reflexivo de como o ambiente escolar está preparado para trabalhar a inclusão. Podendo fazer uma comparação com o vídeo “A surdez e o desafio da inclusão escolar”.

18 comentários:

  1. Fico me perguntando às vezes porque muitos vêem a denominação “surdo” já embutindo o mudo, talvez porque antigamente, quem tinha mais facilidade de se comunicar com ouvinte sentisse necessidade de esconder a deficiência.Uma pessoa surda é uma pessoa com necessidade especial e, portanto, cabe às pessoas sem deficiência nenhuma se adaptarem à ela,e não ao contrário, como ocorre hoje em dia .Pois já sabido que a surdez é uma doença biológica não contagiosa, e não diminue em nada o ser humano que é portador dessa deficiência.Quanto a disciplina de libras acho que deveria ser introduzida como disciplina curricular na escolas, para ao menos as crianças aprenderem a comunicar-se com as pessoas surdas, pois acho que quebraria essa história de ter um intérprete, claro que não descartando essa possibilidade, mas acho que quebraria o choque entre as diferenças....seria uma boa forma de inclusão inclusive para as crianças não portadoras de deficiência, se é que vocês me entendem..

    cristiane

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  2. Eu penso que a inclusão desses alunos em salas de aula com alunos que não tem deficiência nenhuma seja muito importante para os surdos não se sentirem excluidos, mas se o aluno surdo não se adaptar a uma sala de aula dessas, penso que seria melhor que ele fosse para uma turma de alunos surdos, até para poder se comunicar melhor com os colegas.E se em uma sala de aula tem apenas um surdo ou dois acho muito importante que tenha uma pessoa que conheça a língua dos sinais e traduza tudo para ele, afinal, esse é um direito dele.Enfim, acho que o aluno cosegue se adaptar numa turma que tenha só ele de surdo será uma grande aprendizagem tanto para ele como para os outros alunos, mas ele não se sentir bem ali, que tenha a oportunidade de ir para um lugar onde tenham mais surdos que ele possa se sentir melhor.

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  3. O fato de um aluno estudar em uma escola somente para surdos ou em uma regular depende muito do contexto,da situação.Um aluno com surdez pode tranquilamente trabalhar com os demais colegas numa sala regular(conheço exeplos reais que deram muito certo).Porém como qualquer outro aluno pode não se adaptar ao contexto de uma instituição o aluno com deficiecia auditiva também pode ter dificuldade aí então pode se pensar em uma escola onde ele conviva com colegas com a mesma necessidade educacional. Ou seja, o importante é que essa criança se sinta bem no ambiente onde está,que ela seja valorizada, a escola precisa ser um espaço que lhe traga alegrias e não traumas.

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  4. A inclusão de surdos em escolas é um assunto muito complexo, onde a situação deve ser pensada como um todo, a partir da realidade de cada local. Para conseguir analisar a situação amplamente, necessita-se conhecer melhor sobre o surdo, sua situação cotidiana de inclusão/exclusão na sociedade como um todo, discutir práticas e teorias partindo de uma questão sociocultural (não apenas audiológica), onde o surdo é um sujeito que possui uma língua natural, a Língua de Sinais.
    Segundo Marisa Faermann Eizirik (2000), "na inclusão o que está em jogo é a ruptura com o conceito estático do homem, de mundo, de conhecimento; é a necessidade de cruzar experiências, de compartilhar caminhos, de compreender a complexidade e a diversidade através da abertura de canais para o diferente, o que não é meu, nem igual ao meu, mas por isso mesmo, merece respeito. E esse respeito descortina a possibilidade da descoberta de coisas. pessoas, situações, - insuspeitáveis, fascinantes. - É certo que esse caminho provoca ferimentos pela insegurança, pela quebra de certezas, de normas estáveis."
    Há uma diversidade de fatores e experiências em cada indivíduo e, quando fala-se de inclusão de surdos, além da diversidade, retrata-se o diferente (língua, cultura, tradições,...). Neste convívio, entre duas comunidades (surda e ouvinte), há sempre a situação de uma nova língua, ou seja, para o ouvinte, a língua de sinais e para o surdo, a língua portuguesa. Retratando da segunda língua, pode-se reportar à Poersch (1995), "há três fatores para o aprendizado de uma segunda língua: - fatores motivacionais, fatores construídos no sujeito aprendiz devido ao contexto comunicacional lingüístico em que ele se insere; - atenção, que é derivada da motivação, ou seja, dependerá da maneira como o aprendiz tem contato com a língua a ser aprendida (métodos e técnicas utilizadas no ensino, oportunidades e qualidades da utilização da língua); - memória, que provém da atenção e está relacionada à aptidão do indivíduo para o aprendizado de novas línguas".

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  5. Stefanie Barasuol.
    A discussão sobre a inclusão de surdos no contexto educacional tem servido para várias reflexões. Sabemos que não basta somente que o surdo freqüente uma sala de aula, mas que seja atendido nas suas necessidades. Podemos observar que o fato dos alunos surdos não serem oralistas como os demais ouvintes, pode interferir no processo educativo, se não for mediado através da aceitação de suas diferenças e da sua maneira de se expressar. O papel do professor quanto ao desenvolvimento de um trabalho que valorize todas as diferenças e que esteja pautado nos objetivos de uma educação que vise à valorização do aluno e o exercício cidadania, o desenvolvimento do indivíduo e a sua preparação para estar inserido nos mais variados contextos sociais. É importante pensarmos na necessidade de mudança nas posturas e concepções das professoras em relação ao aluno surdo. Todos os professores devem estar preparados para atender às necessidades desses alunos no contexto escolar e social, aceitando-os nas suas diferenças.
    Apesar da proposta inclusiva ser uma coisa maravilhosa ‘no papel’, ainda estamos bem distantes do que realmente seria a inclusão. A realidade brasileira é uma coisa deprimente, pois sabemos que a proposta governamental é colocar o sujeito surdo na sala de aula com professores sem capacitação para trabalhar com surdos. O sujeito surdo deve ter a possibilidade de estudar em escola de surdos e lutar por espaços onde possa comunicar-se e ser entendido adequadamente. Nestes casos, o ideal sobre a inclusão nas escolas de ouvintes, é que as mesmas se preparem para dar aos alunos surdos os conteúdos pela língua de sinais, através de recursos visuais, tais como figuras, língua portuguesa escrita e leitura, a fim de desenvolver nos alunos a memória visual e o hábito de leitura; que recebam apoio de professor especialista conhecedor de língua de sinais e enfim, proporcionando intérpretes de língua de sinais, para o maior acompanhamento das aulas. Outra possibilidade é contar com a ajuda de professores, instrutores e monitores surdos, que auxiliem o professor e trabalhem com a língua de sinais nas escolas.

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  6. Refletindo sobre a surdez, suponho que exista um grande desafio a ser vencido no que diz respeito à inclusão de alunos surdos em nossas escolas. Pois envolve as relações sociais nela vividas, dependendo muito da sensibilização dos ouvintes, bem como a presença de professores intérpretes. Importante também são as ações que a escola desenvolve para a integração de alunos surdos e ouvintes, bem como o papel conquistador do professor, que na superação de suas dificuldades busca o desenvolvimento do aluno, não vendo apenas suas limitações e sim como um aspecto das infinitas possibilidades da diversidade humana. O aluno surdo deve ser olhado na sua dimensão humana, como pessoa com possibilidades e desafios a vencer. Nesse sentido o uso da língua de sinais, Libras, é de fundamental importância para essa relação de construção

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  7. O Brasil destaca-se na América latina ,porque tem uma política educacional que prevê a inclusão de todods os alunos , inclusive daqueles que têm diferenças linguísticas. Destaca-se porque reconheceu a língua de sinais como meio legal de comunicação e expressão, utilizada por um expressivo grupo de Brasileiros, fato que colocou libras como disciplina na formação inicial de professores e fonoaufiólogos.
    precisamos dar destaque aos alunos surdos que se sobressaem nas escolas e na vida profissional, para que suas potencialidades possam tornar-se visíveis e conhecidas, construindo assim uma nova visão da comunidade e da sociedade em que estão inseridos.

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  8. Quer me parecer que, à primeira vista, a inclusão de alunos com necessidades especiais com surdez nas salas de aula do ensino regular não parece ser uma tarefa difícil; entretanto, na realidade a situação é mais complexa do que imaginamos e concordo com algumas colegas que já postaram seus comentários, que não basta simplesmente “incluir” esses alunos numa sala de aula sem antes levarmos em conta diversos fatores, tais como a realidade do âmbito escolar, professores preparados, a receptividade dos colegas de sala e principalmente, as probabilidades dessa inserção vir a preencher todas as necessidades que esses alunos trazem consigo para esse ambiente que também, por direito, a eles pertence e que devemos providenciar, como futuros educadores que essa convivência, desde a acolhida, deverá ser a melhor possível para que se sintam à vontade, que não se sintam diferentes e para que possam usar de toda a sua potencialidade para atingir os objetivos que vieram buscar nesse meio que por natureza pertence a todo ser humano.
    Paulo Ricardo.

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  9. A deficiência auditiva, assim como outros tipos de deficiência exigem um atendimento especial, que possa desenvolver as potencialidades de cada indivíduo .Deste modo acredito que a inclusão é possível, desde que haja um atendimento por profissionais experientes ajudando estas crianças, pessoas a se inserirem no meio social.

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  10. A inclusão dos surdos na escola, é mias complexo devido à comunicação dos surdos, que é através da língua de sinais, e os professores não estão preparados para receber esse novo aluno.
    Várias dificuldades são encontradas, na interação com o surdo, mas os professores devem ser capacitados, deve haver um processo de continuidade, ao processo de formação dos professores, para trabalharem com qualidade com os surdos.
    Pois eles devem freqüentar o ensino regular, porque tem os mesmos direitos como qualquer outro cidadão, com igualdade de oportunidade e qualidade de ensino.

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  11. Os surdos cada vez mais vêm sendo inserido no mercado de trabalho por parte das grandes empresas (multinacionais) com isso a sociedade em geral deve se dar conta que as pessoas podem sim e devem estar presentes em todos os campos da sociedade. Tanto nas escolas como em qualquer outros setores, essa inclusão deve ser feita, porque o individuo possui uma deficiencia auditiva isso não o impede de trabalhar , estudar e de viver sua própria vida com dignidade.

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  12. Eu gostei muito da história Amanda Amanda, porque mostra claramente a vontade que os surdos tem de serem entendidos, "ouvidos". Quando eu estava no Magistério tive contato com os alunos da escola Reinaldo Cóser, que atende a alunos que tem deficiência auditiva, e todos eles demostravam a vontade de mostrar a todos como era o mundo dele, a forma como se comunicavam uns com os outros. Isso deixa claro que muitos se sentem incompreendidos de acordo com suas limitações, um estranho no ninho, literalmente. Por isso, a maioria deles são contra a inclusão, porque não vem ela como um forma de interação, mas sim como mais uma oportunidade para separar eles das pessoas que não tem nenhuma deficiencia. O ambiente escolar deve permitir-se a ser mais flexível perante as adversidades, tornando possível este contato com o mundo do "outro", através do inserimento da cultura dos surdos , por exemplo. Eles querem isso, acreditam que muitos apenas "conhecem por cima" como é a sua comunicação e seu entrosamento escolar, mas um contato mais profundo e constante seria um grande passo para uma interação de sucesso.

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  13. Graziani

    Amanda amada nos ensina muita coisa, como por exemplo, a ouvir o som do silêncio, saber respeitar as diferenças e entender que o silêncio também é importante. Através desse pequeno, porém lindo vídeo podemos perceber o quanto é importante e urgente que a inclusão seja efetivamente uma realidade. Alunos com deficiências tem seu lugar na sociedade, tem o direito de assumir seu espaço e, entre outras coisas, conviver com os demais em sociedade. O professor deve lutar e se esforçar para que estas crianças possam participar do processo educativo, tão importante para todos os cidadãos.

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  14. A história de Amanda-amada eu achei interessante por que mostra que nem tudo está perdido.Temos o hábito de desistir das coisas facilmente, para Amanda-amada que vivia triste teve um final feliz.Acredito que a inclusão escolar é um desafio grande para todos nós, principalmente quando se fala em alunos surdos, observo poucas escolas preparadas para receber estes alunos ,falta profissionais capacitados.

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  15. com certeza a inclusao do surdo ainda esta envolta de um certo tabu,pois ja vi pessoas falando que por nao ouvirem nada os surdos nao viviam?alem da falta de preparo das instituiçoes,ainda deve perceber que cada vez mais cresce o numero de pessoas que estao aprendeno a lingua dos sinais e que os surdos estao cada vez mais inseridos no mercado de trabalho.

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  16. CÍNDIA
    Falar sobre a inclusão dos surdos me traz algumas situações à memória. A primeira é da presença de um colega surdo na minha sala de aula quanto estava na 6°série. Mesmo com boa vontade,notava-se a dificuldade da insersão dele no meio escolar, pois as professoras não se preocupavam com a aprendizagem dele, e a relação com os colegas era complicada visto que havia uma disparidade de idades. Logo foi criada uma classe diferenciada para onde ele e mais alguns alunos deficientes auditivos foram encaminhados.
    Depois de muito tempo( com a entrada da minha tia no curso de Educação Especial) descobri que a nomenclatura utilizada é surdo e não surdo-mudo, como muito ainda se ouve dizer.
    O debate sobre a inclusão é intensa, e pelo que conheci dos alunos surdos durante um diálogo proporcionado no IEEOB quando era aluna ali, muitos que lutam por essa inclusão desconhece a realidade deles.É preciso pensar a inclusão, porém pensar também nos espaços onde cada aluno está. Vejo a comunidade surda de Santa Maria organizada e atuante,participando (com teatro,música!), conhecedora de seus direitos e deveres.

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  17. (Eliziane - T04 Pedagogia Noturno)
    A comparação com o vídeo “A surdez e o desafio da inclusão escolar” nos faz refletir sobre os nossos objetivos como futuros professores, neste vídeo que assistimos percebemos que não existem barreiras quando temos vontade de vencer ou queremos realizar um sonho, todos somos capazes dentro de nossas possibilidades, quando nos esforçamos é possível conquistar, vencer, realizar, aprender, o que nos falta muitas vezes é atitude, é saber ouvir com o coração. As pessoas com deficiência são exemplos de força de vontade, quem de nós nunca encontrou um surdo, um cego, uma pessoa com deficiência com um belo sorriso no rosto, cheio de vida e de coragem? Eu já encontrei muitos, que poderiam nos deixar com vergonha quando perdemos oportunidades no dia a dia de fazer mais por nós e pelos outros. Reclamamos muito, acredito que precisamos usar nossa capacidade e potencialidades para fazer a diferença no mundo. Professores, vamos reclamar menos e fazer mais, sair do pedestal que nos faz achar que somos melhores, deixar o orgulho de lado e admitir que podemos ensinar melhor, elaborar uma aula mais prazerosa que desperte a atenção, criatividade e curiosidade de nossos alunos. Começando hoje, agora, já! Antes mesmo, da nossa formação, ato sublime é ter consciência da nossa responsabilidade. Termino com uma frase popular: “É mais interessante descobrir novos mares por onde navegar do que velhos portos por onde ancorar”. Sejamos criativos e busquemos cada vez mais atualizar nossos conhecimentos, assim poderemos dizer que realmente é incrível o que fizemos por nossos alunos e não sabíamos do que éramos capazes, a inclusão para alguns pode ser difícil, mas para outros é uma grande gesto de amor, de saber olhar, de saber ouvir. Quando nos perguntarmos sobre o que podemos fazer pelas crianças e pela educação, tenho certeza de que a resposta será: é possível fazer mais e melhor, porque é incrível o que podemos conseguir quando não sabemos do que somos capazes.

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